sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Para um dia amargo



Sinto pouco
Vivo menos ainda
Mas sigo...
Administrando com intolerância o corrosivo sabor do acaso


Senti a densidade do dia como a noite mais escura
Incansável penumbra
O "breu" interminável!
Seguido do arrastar das horas len-ta-men-te sufocantes


- Só mais um pouquinho... repeti baixinho
Tomando as doses acres dos instantes
Percebendo impotente
A vida sendo violentamente envenenada


Por isso a intolerância
A essa substância
Amarga
Que me mata