sábado, 18 de junho de 2011

De que adianta


De que adianta essa tarde outonal,
De vento frio e tom descorado
Que me diz de aconchego
Se o que quero não tem nome?


É que não tem palavra que defina
Essa expectativa doce de entrega desmedida;
De espera que não finda;
De dor de saudade extensíssima.


Não, não tem nome porque não tem limites...


Mas a vida,
A vida vai me tatuando com as cores desbotadas do acaso,
Tentando ocupar espaços imensuráveis,
E eu que não sou atriz
Mas estou ocupada o suficiente com trivialidades
Vou fazendo de conta que isso tudo me satisfaz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindoooo amiga, beijos e abraços!!! Grazi

Aninha disse...

Aninha, viver é um grande mistério. E exatamente por haver fatos e circunstâncias que desconhecemos, é que viver se torna uma aventura prazerosa. Desconhecer aquilo que na verdade imaginamos conhecer é o que nos motiva a buscar sempre mais, e tentar ir além.
Somos a dúvida em forma de gente. O símbolo desfocado que dá sintonia a uma bela obra. Parabéns.