domingo, 20 de fevereiro de 2011

Alguma libertação


Às vezes me contenho

Mas, mesmo assim,

Transbordam pelos meus lábios as

Palavras que invento

E meus sussurros pelo vento.

E nesses tempos de ninguém,

De solidão inescapável,

Desamasso idéias descartadas

Na lixeira dos desejos renunciados,

Não sei se canto ou emudeço,

(será que a esperança resiste ao tempo?),

Não sei onde guardar as sementes que não germinaram,

Tampouco em que fonte se dilui a ternura cristalizada,

Mais uma vez deixo o tempo correr

E corroer...

2 comentários:

Aline Jokuska Camero disse...

Amiga, não consegui seguir com meu próprio nome, apenas com o nome do meu blog (rs), mas adoreeeeeeei a poesia, linda linda!
Bjinhus Li (da dinâmica do Abrale).

Airton disse...

As lentes de fotografar dessa sua sonda captam imagens ainda mais lindas dos fenômenos das profundezas delicadas do seu oceâno cósmico. Tão mais cristalinas e agudas que desnudam perfis e identificam cores atrás de penumbras... Seus poemas: instantâneos maravilhosos dos seus mergulhos interestelares... São tanto que nem sei...
Airton.