domingo, 17 de agosto de 2025

Era domingo

Era domingo, despertei com o corpo pesado sobre a cama

Minha pele estava aquecida, meus cabelos contornavam o travesseiro

Frestas de luz vinham da janela

Que horas eram? 

Não sei, por um instante era o mundo lá fora e eu aqui dentro

Deixa-me fingir que o tempo está suspenso

E que a realidade pode esperar 

Não quero acordar meus medos, meus sonhos, minhas dores

No momento tudo que eu preciso está aqui

Quero apenas existir sem nenhuma expectativa, sem cobranças e obrigações

Sentir a pele que visto, o corpo que me sustenta e que habito

Perceber o cobertor macio deslizando, a pele sendo tocada pela atmosfera sutil do quarto fechado

Sem ventos e assombros

Apenas eu sobre minha cama